Terça-feira, 13 de janeiro de 2015
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O risco de intoxicações alimentares aumenta no verão, isso porque as bactérias e vírus que contaminam os alimentos se multiplicam com o calor. Para evitar problemas, é importante estar atento à origem e à conservação dos produtos, além de prepará-los de forma correta, para que não haja contaminação durante o processo.
O superintendente de Vigilância em Saúde, da Secretaria de Estado da Saúde, Sezifredo Paz, alerta para as condições dos alimentos antes da compra. “Qualquer descuido com os alimentos pode causar surtos de infecção ou intoxicação, por isso é importante observar a origem do mantimento, se ele tem o selo da vigilância sanitária e se está embalado de forma correta”, explica.
A principal atenção, de acordo com ele, é com os alimentos de origem animal, em especial as carnes. “Deve-se observar as características dos alimentos. As carnes, por exemplo, não podem ser consumidas se tiver alteração de cor”, ressalta. “Com relação aos alimentos congelados, não comprar se eles estiverem moles ou com uma crosta de gelo, o que indica que eles foram descongelados”, alerta.
Além disso, Sezifredo destaca que as comidas refrigeradas devem estar conservadas em uma temperatura de, no máximo, 8ºC. Já as servidas quentes precisam estar em cubas com temperaturas superiores a 65ºC. Também não se deve comprar ou consumir alimentos com a data de validade vencida.
PREPARO E CONSUMO – O preparo correto dos alimentos é outra questão importante para evitar a contaminação. Além do cuidado com a higiene pessoal e do local de preparação, é preciso estar atento ao manuseio. O descongelamento deve ser feito com antecedência na geladeira, evitando a temperatura ambiente, para garantir que os alimentos serão descongelados uniformemente e sem ultrapassar a temperatura de 8ºC.
Com relação às frutas, verduras e legumes, Sezifredo recomenda que sejam bem lavadas e, se possível, descascadas, para diminuir a contaminação com agrotóxicos. Deve-se, ainda, evitar o contato entre alimentos crus e cozidos, que podem causar a chamada contaminação cruzada. O modo mais comum de contaminação cruzada é pelo uso de faca ou tábua de cortes para processar alimentos crus e cozidos ou pelas mãos de quem os manipulam.
A melhor forma de evitar contaminações é cozinhando bem os alimentos. “Porém, mesmo alimentos cozidos podem causar intoxicações. Por isso é preciso cozinhá-los bem e consumir o mais rápido possível”, explica o superintendente. “Também deve-se evitar as sobras de uma refeição para a outra, mas se for reaproveitar, o alimento precisa se cozido novamente, já que o calor elimina as bactérias, que se multiplicam rapidamente”, diz.
ÁGUA – Segundo Sezifredo, além dos alimentos, a água também pode causar doenças, e só pode ser consumida se for tratada. O mesmo vale para o gelo, que precisa ser de boa procedência. Se o fornecimento da água não inspira confiança (não for água tratada), convém fervê-la antes de adicionar nos alimentos ou transformar em gelo.
Fonte: AEN
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