Sexta-feira, 03 de outubro de 2014
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O alucinante ritmo de produção de um avião vai ficar ainda mais maluco nos próximos anos. Não bastassem os 42 exemplares do Boeing 737 que a fabricante norte-americana monta por mês, ela resolveu aumentar esse número para 47 em 2017 e para 52 em 2018. Ou seja, mais de 620 máquinas desse modelo sairão por ano da fábrica de Renton, no estado de Washington. É muita coisa.
Vale lembrar que não estamos falando de um carro. É uma aeronave, que tem seus 40 metros de comprimento, 36 metros de envergadura e outros 12,5 metros de altura (depende do modelo do 737). Pesam entre 36 e 44 toneladas. São repletos de circuitos eletrônicos, acabamentos, quilômetros de cabos. Enfim, é uma máquina extremamente complexa.
Esse acréscimo na fabricação tem muito a ver com os estudos da empresa de que a demanda por aeronaves de corredor único para os próximos 20 anos. Até 2033, a Boeing estima em 25 mil exemplares, em um valor de mercado de 2,56 trilhões de dólares.
“Por mais de uma década temos visto uma demanda constante pelo 737 e o aumento para 52 produzidos por mês reflete esse apetite por aviões como o 737 MAX e o Next-Generation 737 [versões do modelo]”, disse o vice-presidente de marketing da Boeing, Randy Tinsenth.
A fabricante norte-americana tem na conta cerca de 9 mil encomendas para aviões Boeing 737 (versões MAX e Next-Generation juntas) e outras 4 mil opções de compra. Ou seja, para dar conta da demanda do mercado, a produção de 52 modelos por mês se justificaria.
O problema é que o mercado da aviação comercial tem seus ciclos. Ora está em alta, como ocorre neste momento, ora está em baixa. Depende muito das oscilações econômicas. Se uma crise aparecer ou o preço do combustível disparar, é provável que as companhias aéreas diminuam o ritmo das compras e das entregas. Assim, os 52 aviões produzidos por mês seriam apenas teóricos.
Outra situação a ser considerada é a dos fornecedores de peças para a montagem dos aviões. Eles terão de investir muito para dar conta de fabricar tudo o que a Boeing necessita. Aliás, a fabricante norte-americana vai precisar convencer toda a cadeia produtiva de que vale a pena essa alteração na dinâmica.
A Airbus, principal concorrente da Boeing, também planeja aumentar o ritmo de produção de seus modelos da família Airbus A320. Hoje, assim como a norte-americana, fabrica 42 exemplares por mês, mas estuda pular para 50.
Mesmo assim, os europeus veem essa mudança com alguma cautela. As próprias projeções da Airbus são menos otimistas. Para o mesmo período, prevê 22 mil aviões da faixa dos A320 e Boeing 737 para os próximos 20 anos. São 3 mil a menos que os projetados pela Boeing.
Veja abaixo um vídeo com o resumo da fabricação de um Boeing 737. Neste caso, um Boeing 737-800para a alemã Air Berlin, em 2012.
O alucinante ritmo de produção de um avião vai ficar ainda mais maluco nos próximos anos. Não bastassem os 42 exemplares do Boeing 737 que a fabricante norte-americana monta por mês, ela resolveu aumentar esse número para 47 em 2017 e para 52 em 2018. Ou seja, mais de 620 máquinas desse modelo sairão por ano da fábrica de Renton, no estado de Washington. É muita coisa.
Vale lembrar que não estamos falando de um carro. É uma aeronave, que tem seus 40 metros de comprimento, 36 metros de envergadura e outros 12,5 metros de altura (depende do modelo do 737). Pesam entre 36 e 44 toneladas. São repletos de circuitos eletrônicos, acabamentos, quilômetros de cabos. Enfim, é uma máquina extremamente complexa.
Esse acréscimo na fabricação tem muito a ver com os estudos da empresa de que a demanda por aeronaves de corredor único para os próximos 20 anos. Até 2033, a Boeing estima em 25 mil exemplares, em um valor de mercado de 2,56 trilhões de dólares.
“Por mais de uma década temos visto uma demanda constante pelo 737 e o aumento para 52 produzidos por mês reflete esse apetite por aviões como o 737 MAX e o Next-Generation 737 [versões do modelo]”, disse o vice-presidente de marketing da Boeing, Randy Tinsenth.
A fabricante norte-americana tem na conta cerca de 9 mil encomendas para aviões Boeing 737 (versões MAX e Next-Generation juntas) e outras 4 mil opções de compra. Ou seja, para dar conta da demanda do mercado, a produção de 52 modelos por mês se justificaria.
O problema é que o mercado da aviação comercial tem seus ciclos. Ora está em alta, como ocorre neste momento, ora está em baixa. Depende muito das oscilações econômicas. Se uma crise aparecer ou o preço do combustível disparar, é provável que as companhias aéreas diminuam o ritmo das compras e das entregas. Assim, os 52 aviões produzidos por mês seriam apenas teóricos.
Outra situação a ser considerada é a dos fornecedores de peças para a montagem dos aviões. Eles terão de investir muito para dar conta de fabricar tudo o que a Boeing necessita. Aliás, a fabricante norte-americana vai precisar convencer toda a cadeia produtiva de que vale a pena essa alteração na dinâmica.
A Airbus, principal concorrente da Boeing, também planeja aumentar o ritmo de produção de seus modelos da família Airbus A320. Hoje, assim como a norte-americana, fabrica 42 exemplares por mês, mas estuda pular para 50.
Mesmo assim, os europeus veem essa mudança com alguma cautela. As próprias projeções da Airbus são menos otimistas. Para o mesmo período, prevê 22 mil aviões da faixa dos A320 e Boeing 737 para os próximos 20 anos. São 3 mil a menos que os projetados pela Boeing.
Veja abaixo um vídeo com o resumo da fabricação de um Boeing 737. Neste caso, um Boeing 737-800para a alemã Air Berlin, em 2012.
Fonte: Gazeta do Povo
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